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Reportagem PE em foco

Posted by Jadson d’Pádua | 22 ago, 2020 | PROTEÇÃO COSTEIRAEMFOCO |  |     

PEDRAS GRANÍTICAS CONTINUAM SE ESPALHANDO NA PRAIA DO CABO BRANCO

Nos últimos dias as ressacas do mar estão deslocando muitas pedras graníticas na praia do Cabo Branco. Elas estão se espalhando pela praia. O impacto visual e ambiental é terrível!

O forte impacto ambiental causado pelo aparecimento de pedras graníticas espalhadas na praia do Cabo Branco, tem causado indignação em toda população pessoense. Em janeiro do corrente ano, a Prefeitura de Joao Pessoa deu início a obra do enrocamento no sopé da falésia. Estranhamente em meados do mês de julho, começaram a surgir uma grande quantidade de pedras espalhadas no terraço de praia.

Pedras graníticas espalhadas na praia do Cabo Branco em João Pessoa. 

As ONGs que defendem a preservação do marco mais oriental das Américas exigem a suspensão imediata da obra do enrocamento em andamento. Uma comissão formada por ambientalistas, advogados e ONGs estão encaminhando ao Ministério Público da Paraíba, laudos técnicos e jurídicos, para dar seguimento ao inquérito civil já instaurado, com o objetivo de mitigar o problema existente.

Ambientalistas e ONGs defendem a preservação do marco mais oriental das Américas.

O professor Willams Guimarães, geógrafo e mestre em Geodinâmica e Geofísica Marinha pela URFN, atualmente preside o Grupo Amigos da Barreira (GAB), informa que “há relatos de moradores de que a aproximadamente 2 meses perceberam o surgimento desse material rochoso, após a forte retirada da erosão marinha”. há relatos de moradores de que a aproximadamente 2 meses perceberam o surgimento desse material rochoso, após a forte retirada da erosão marinha”Willams Guimarães

Diante dos atuais acontecimentos, é necessário e urgente resolver o problema que foi criado, descaracterizando a paisagem natural da praia recreativa do Cabo Branco. Para o professor Willams Guimarães, é necessário monitorar a área, e principalmente, não retirar esse material que ficou espalhado na praia, pois isso pode amplificar o processo erosivo que já é muito forte na praia do Cabo Branco, além dessa ação se deve reestruturar os gabiões que foram rompidos por conta da retirada dos sedimentos em decorrência das ações das ondas. É prudente paralisar a obra da falésia do Cabo Branco, até para que se perceba se realmente essas obras estão influenciando ou não a erosão na praia do Cabo Branco.

Antes de escolher quais as alternativas de engenharia para proteção costeira, é preciso avaliar as que melhor atendam a situação das condicionantes do local, procurando soluções que promovam a contenção do processo erosivo e promovam a recuperação da praia. É recomendável que nas soluções adotadas, sejam identificadas ocorrências anteriores do mesmo tipo de obra, avaliando os resultados positivos obtidos, principalmente com relação aos impactos ambientais observados no ambiente costeiro.

Para o professor Willams Guimarães, o enrocamento à época foi sugerido por conta de duas medidas que foram consideradas: Executar um revestimento ou muro de proteção para diminuir a energia da onda e encrave abaixo de -1,0 metro, evitando o retrabalhamento dos sedimentos situados acima da cota de baixa-mar; e o fechamento da abertura no recife através de um pequeno quebra-mar, construído na mesma cota em que se encontram os recifes existentes com a finalidade de reduzir a ação das ondas e acelerar a deposição de sedimentos na praia adjacente à praça, construído com blocos de rochas irregulares ou blocos regulares.

Figura esquemática da construção de muro de proteção com talude inclinado e encrave até a cota de -1,0m. Seção esquemática de um revestimento.

Foram aventadas outras opções de alternativas de engenharia para o Cabo Branco: Engordamento artificial de praia, uso de gabiões ao longo da costa, uso de Sandbags, Geobags, Sand-Filled Tubes, Geotubes, Geoconteiners. “Mas foram considerados o custo/benefício dessas opções muito altas e as jazidas de areia insuficientes para recomposição de praia”, informa o professor Willams Guimarães do Centro Universitário UNIESP. Mas foram considerados o custo/benefício dessas opções muito altas e as jazidas de areia insuficientes para recomposição de praia” Willams Guimarães

Foram aventadas outras opções de alternativas de engenharia para o Cabo Branco: Engordamento artificial de praia, uso de gabiões ao longo da costa, uso de Sandbags, Geobags, Sand-Filled Tubes, Geotubes, Geoconteiners. “Mas foram considerados o custo/benefício dessas opções muito altas e as jazidas de areia insuficientes para recomposição de praia”, informa o professor Willams Guimarães do Centro Universitário UNIESP.

A situação é de emergência é preciso ação para conter o impacto ambiental causado. É preciso mitigar o problema existente na praia do Cabo Branco.

Marco Lyra

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WILLIAMS

Por WILLIAMS

Professor Williams Guimarães possui Graduação de Bacharel em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba-UFPB (1997), Mestre em Geodinâmica e Geofísica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN (2002). Doutorado em Geologia Sedimentar e Ambiental (incompleto) pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (2007).

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